Apesar de Anatomy of a Murder não ser reconhecido como o trabalho mais famoso ou mais vital de Duke Ellington, o álbum coescrito com Billy Strayhorn marca uma reviravolta não apenas na carreira do pianista, mas na história dos artistas afro-americanos da época. Foi na trilha do filme homônimo de Otto Preminger, que o jazz da orquestra de Ellington foi reconhecido por suas nuances e poderes dramáticos para o cinema, abrindo caminho para outros músicos negros. “Way Early Subtone” e “Haupe” são identificadas pelo saxofone alto de Johnny Hodges, enquanto Paul Gonsalves faz o mesmo na energética “Happy Anatomy”.