Devocional McCheyne Robert Murray McCheyne

ENCONTRAMOS OUTROS TRECHOS que lidam com a importância de transmitir a herança da verdade bíblica para a próxima geração. Esse tema está no cerne de Deuteronômio 6. Alguns pontos destacados incluem:

(1) Os antigos israelitas deveriam ensinar a próxima geração a temer ao Deus da aliança. Moisés ensina o povo "para que você, seus filhos e seus descendentes temam ao SENHOR, o seu Deus, enquanto viverem" (6:2). Quando no futuro um filho perguntar ao pai o significado das leis, o pai deve explicar o contexto, o Êxodo e a aliança: "O SENHOR nos ordenou que obedecêssemos a todos estes decretos e que temêssemos ao SENHOR, o nosso Deus, para que sempre nos vá bem e nos guarde a vida, como até hoje" (6:24). Podemos nos perguntar que medidas estamos tomando para ensinar nossos filhos a temer ao Senhor nosso Deus, não com o terror submisso que teme uma malícia arbitrária, mas com a profunda convicção de que esse Deus é perfeitamente justo e não brinca com o pecado.

(2) Moisés destaca a constância com que a próxima geração deve ser ensinada. Os mandamentos transmitidos por Moisés devem permanecer nos "corações" do povo (6:6; nós provavelmente diríamos mentes). A partir dessa abundância, surgem as seguintes palavras: "Ensine-as a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar" (6:7). Até o que eles vestiam e como decoravam suas casas deveria servir como lembretes da lei de Deus (6:8-9). Podemos nos perguntar com que constância ensinamos nossos filhos o conteúdo das Escrituras. Em Israel antigo, as crianças geralmente aprendiam suas habilidades profissionais com seus pais, passando incontáveis horas com eles, o que proporcionava muitas oportunidades para transmitir as bênçãos da aliança. Nossa cultura mais fragmentada significa que devemos criar oportunidades.

(3) Acima de tudo, a geração mais velha deveria demonstrar total lealdade a Deus (6:13-19). Essa modelagem consistente deveria incluir uma rejeição completa à idolatria, obediência às demandas da aliança, reverência ao nome do Senhor Deus, fazer "o que é certo e bom aos olhos do SENHOR" (6:18). Quão fielmente, por meio de nossa própria vida, temos recomendado uma devoção séria a Deus aos nossos filhos?

(4) Deve haver uma percepção sensível das oportunidades para responder às perguntas que nossos filhos levantam (6:20-25). Nunca blefe. Se você não souber a resposta, descubra ou encontre alguém que saiba. Devemos nos perguntar se estamos aproveitando ao máximo as perguntas que nossos filhos fazem.

D. A. Carson, Por amor a Deus - SBTB
voz: Pr. Paulo Castelan.
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O QUE MAIS CHAMA A ATENÇÃO NO Salmo 88 é que não há alívio. Heman começa o salmo clamando ao Senhor, revelando seu desânimo de várias maneiras, e termina em tristeza e desespero. A maioria dos salmos que lidam com desânimo e desespero começa na escuridão e termina na luz. Este começa na escuridão e termina em uma escuridão ainda mais profunda.

Quando Heman começa, mesmo clamando ao Senhor, "o Deus que me salva" (a única nota de esperança em todo o poema), ele observa de maneira plangente que clama a Deus "dia e noite" (88:1). Sinceramente, ele sente que não está sendo ouvido (88:2, 14). Ele não está apenas em dificuldades, mas sente que está próximo da morte: "Pois a minha alma está cheia de aflição, e a minha vida se aproxima do Sheol" (88:3). Na verdade, Heman insiste que os outros o tratam como se estivesse condenado (88:4-5). A única explicação é que ele está sob a ira divina: "Sobre mim pesa a tua ira; tu me afligiste com todas as tuas ondas" (88:7; cf. 88:16). Uma de suas maiores misérias é a perda de todos os seus amigos (88:8).

Ainda pior, Heman está convencido de que toda a sua vida foi vivida sob a sombra da morte: "Desde a minha juventude tenho sofrido e ando enlutado; estou dominado pelo teu terror e desesperado" (88:15). Talvez ele sofresse de uma das muitas doenças desagradáveis, crônicas e progressivas? "Eu tenho sofrido os teus terrores e estou desesperado. A tua ira caiu sobre mim; os teus terrores me reduziram a silêncio. Durante todo o dia eles me cercam como um dilúvio; me envolvem por completo" (88:15-17).

Mas o que torna o salmo totalmente sombrio é a última linha. Heman não apenas acusa Deus de levar embora seus companheiros e entes queridos, mas, em última análise, "as trevas são meus únicos amigos" (88:18). Não Deus; as trevas.

Uma das poucas características atraentes deste salmo é sua pura honestidade. Nunca é sábio ser desonesto com Deus, é claro; ele sabe exatamente o que pensamos de qualquer maneira e prefere ouvir nossos clamores honestos de dor, indignação e acusação do que falsos clamores de louvor. É claro, ainda melhor é aprender a entender, refletir e simpatizar com a perspectiva dele. Mas, em qualquer caso, é sempre prudente ser honesto com Deus.

Isso traz o elemento mais importante deste salmo à tona. Os clamores e dores escritos aqui não são a raiva barata e sem pensar de pessoas que usam seus momentos mais sombrios para denunciar Deus de longe, a crítica presunçosa do agnosticismo ou do ateísmo arrogante. Esses clamores se envolvem ativamente com Deus, plenamente conscientes de que Ele é a única fonte real de ajuda.
D.A. CARSON - POR AMOR A DEUS

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Levantei-me cedo para buscar a Deus e encontrar aquele a quem minha alma ama. Quem não acordaria cedo para encontrar tal companhia? Nunca veja o rosto de um homem até que você tenha visto o rosto dele, que é a nossa vida, o nosso tudo.

No Pão Diário você ouvirá o Novo Testamento e os Salmos duas vezes por ano e uma vez o Velho Testamento.

Não se contente em apenas ouvir. Ouça a Deus. Sua vida depende disto. Vale a Pena.

Nosso propósito é levarmos o evangelho de Jesus Cristo a maior quantidade de pessoas possível. E fazemos isto através das Sagradas Escrituras.

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Voz: Pr. Paulo Castelan. Robert Murray Mccheyne. M'Cheyne. 1842.

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