Investimentos do Inter Inter

O sentimento de cautela prevalece antes de Ata do FED e mais falas de dirigentes da instituição que acontecem ao longo do dia, enquanto investidores aguardam resultado da Nvidia. Na China, bolsas encerraram em queda, com mercados ponderando as expectativas para o mercado acionário local. No Brasil, expectativa de juros e inflação mais altos pesam nos ativos de risco.

Mercados amanhecem em alta, seguindo o movimento da semana passada, conforme as apostas de cortes de juros ainda este ano pelo FED, BCE e outros BCs ganham força. No radar hoje, a morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e seu impacto nos conflitos no Oriente Médio, além da alta das commodities. Investidores também aguardam falas e Ata do FED, além de resultado da Nvidia.

O Ibovespa destoou do exterior, mas desta vez no campo positivo, enquanto lá fora, mercados caíam reagindo a falas cautelosas de dirigentes do Fed que inferiram em juros altos por mais tempo. Por aqui, a alta do minério de ferro contribuiu para Vale e siderúrgicas sustentarem o índice, já que a Petrobras continuou pressionando para baixo com a saída de Prates. A agenda desta sexta-feira está mais vazia e mercado global repercute medidas mais robustas na China para estimular o mercado imobiliário e no ocidente, mercado acompanha mais falas de dirigentes do Fed. Por aqui, divulgação da PNAD contínua do IBGE e falas de Campos Neto ficam no radar.

Enquanto mercado americano renovava recordes após o CPI e vendas no varejo abaixo do esperado, reacendendo expectativas para um corte de juros ainda este ano, o Ibovespa foi pressionado pela queda de 6% da Petrobras ontem, com mercado digerindo a demissão do presidente da Petrobras em mais uma gestão curta na companhia. Apesar disso, o índice local caiu apenas 0,38% com a maioria dos papéis performando no campo positivo em reflexo do bom humor global. Para hoje, mercado fica de olho em uma bateria de dados nos EUA, incluindo auxílio desemprego e produção industrial, além do balanço do Wallmart e por aqui, IGP-10 é destaque.

Mesmo com dados do PPI acima do esperado e fala cautelosa de Powell, bolsas no exterior encerraram em alta e o Ibovespa também acompanhou o movimento com ações mais sensíveis à juros apresentando bom desempenho com a queda da curva. Por aqui, a ata do Copom trouxe tom apaziguador com justificativas plausíveis para os votos divergentes da última decisão, mas trouxe risco de já haver pausa nos cortes em breve. Para hoje, todos os olhos estão voltados para o CPI nos EUA e por aqui, rouba a atenção do mercado a demissão de Prates da presidência da Petrobras, enquanto é divulgado o IBC-Br de março e dirigentes do BC e Campos Neto falam em conferência anual do Bacen.

A semana passada foi marcada pela decisão do Copom, que reduziu o ritmo dos cortes na Selic, mas a divisão dos votos e a preocupação quanto ao Copom do futuro trouxe maior volatilidade ao mercado. Além disso a inflação apesar de continuar desacelerando veio acima das expectativas na sexta-feira o Ibovespa encerrou a semana com queda de 0,71%, enquanto o S&P500 encerrou a semana em alta de 1,56% embalado pelo Payroll abaixo do esperado. Para essa semana, investidores aguardam o PPI e CPI nos EUA e por aqui a ata do Copom, IBC-Br, dados do setor de serviços (PMS) são esperados, além da temporada de balanços com a Petrobras divulgando hoje à noite.