Free Spirit

Free Spirit

“Eu compus American Teen quando tinha 17 anos”, disse Khalid a Zane Lowe, apresentador da Beats 1. “Agora eu estou lançando este álbum aos 20-21 anos, então eu tenho uma cabeça completamente diferente”. Free Spirit, o seu aguardado segundo álbum, com 17 faixas (e o filme homônimo que o acompanha, dele e do diretor Emil Nava), é uma reflexão sobre o que ele aprendeu nesses anos e o que acontece quando você deseja liberdade pessoal, mas não está seguro do que fazer com ela. Khalid contou a Zane as histórias e as inspirações de cada música. Leia abaixo e aperte o play. “Intro” “Eu queria que as pessoas escolhessem o nome que elas quisessem para esta música de acordo com o que a canção significa para elas. Ela foi feita para ser a introdução, então eu a chamei de ‘Intro’. Não apareceu nenhum outro nome na minha cabeça. É tão cinemática e envolvente que pensei ‘As pessoas precisam ouvir isto primeiro’”. “Bad Luck” “American Teen começava um pouco mais pra cima, um pouco mais alegre. De modo geral, a vibe de Free Spirit é completamente diferente –o tom melancólico, as melodias. ‘Bad Luck’ se encaixava tão bem com a intro que tinha que ir logo depois dela. A intensidade da música é quase como se estivesse dando um soco na sua cara”. “My Bad” “É bem louco porque esta música saiu espontaneamente. Eu a compus em menos de 10 minutos. Então eu estava obviamente bastante focado”. “Better” “Eu estava no estúdio em Los Angeles, cercado por meus amigos, energia boa. Eu estava bem afiado. Acho que tinha acabado de encerrar a turnê e pensei ‘Eu tenho que criar, agora’. Peguei toda aquela energia que eu tinha na turnê, e foi só boom boom boom boom. Todas as músicas saíram fácil, e ‘Better’ foi definitivamente uma delas”. “Talk” “Eu adoro tanto o Disclosure [produtores da música], eles estão na minha lista de pessoas com quem eu queria colaborar desde que eu comecei na música. É como um presente para mim mesmo. Foi um pouco ingênuo da minha parte achar que eu sairia do estúdio com uma faixa de house. Esta batida foi a minha segunda escolha –até eu cantar sobre ela e daí pensei ‘Oh, OK, isso faz muito mais sentido’. Esta música é tão grandiosa, é uma das minhas composições favoritas. E definitivamente existe outra música do Disclosure flutuando em algum lugar do mundo”. “Right Back” “Eu adoro trabalhar com [o produtor] Stargate porque, sempre que isso acontece, as melodias simplesmente fluem de mim com facilidade. A faixa remete a uma das minhas épocas favoritas da música, os anos 1990. A maneira como ela soa, a maneira como eu vejo os meus amigos dançarem, e o fato de a minha mãe adorar demais esta música –esse foi o principal motivo. Se minha mãe não gostar de uma música, ela não entra no álbum”. “Don't Pretend” (feat. SAFE) “Acho que fiz esta música com SAFE tipo em 2016, 2017. Amo a voz dele, adoro a melodia dele. E na real esta foi uma das últimas músicas que eu gravei para o álbum. Daí me liguei e falei ‘Eu adoro tanto esta música, vamos dar um jeito”. “Paradise” “Eu gosto de ter várias músicas num álbum para as pessoas enxergarem diferentes aspectos meus como artista. Eu poderia incluir mais –há mais umas 30 músicas que eu fiz. Ainda que algumas não tenham entrado no álbum, isso não quer dizer que elas não terão uma vida. Posso chegar para um dos meus artistas favoritos e falar ‘Yo, vamos transformar isso numa colaboração com você dentro?’”. “Hundred” “‘Hundred’ é a trilha sonora da minha vida. Quando eu estou resolvendo as coisas, eu ligo o piloto automático e não paro. Eu posso passar pelo perrengue que for, mas não importa, eu vou fazer o que precisa ser feito. Odeio cancelar qualquer coisa. Eu faço show doente. Se eu tiver que subir no palco com um pé quebrado, eu faço isso. Keep it a hundred [algo como ‘seja autêntico’, ‘dê o seu melhor’, daí o nome da música]. Se eu tiver cem coisas pra fazer, eu vou fazer”. “Outta My Head” “Acho que ‘Outta My Head’ é a minha preferida porque rolou um timing perfeito. Foi ridículo: eu estava saindo do estúdio e encontrei John Mayer. Daí falei ‘Yo, você quer escutar o meu projeto? Na terceira música ele topou, e foi ótimo”. “Free Spirit” “Musicalmente este é o ponto central do álbum. Começa um pouco sombrio e se torna mais leve. Eu acho que ‘Free Spirit’ é o começo da parte em que tudo fica mais intenso e cinemático”. “Twenty One” “Adoro que eu e os meus amigos nos entendemos emocionalmente de modo completo. Eu converso com eles e reservo um tempo para ouvi-los, e eles fazem o mesmo comigo. A gente sai, se diverte e conta histórias. Não dá pra escrever uma música se você não tem nada para falar. Meus amigos me dão material para escrever todo santo dia”. “Bluffin” “Isto é tão pesado e emotivo. É quase uma música para transar depois de brigar. Se você entrar num conflito com o seu namorado ou namorada, toque esta música. Ela dá o clima perfeito. Se ela não entrasse neste álbum, se fizessem outro 50 Tons de Cinza, talvez esta música entrasse na trilha”. “Self” “Eu tinha que poder ficar à vontade para falar sobre perdas e falar sobre como, apesar de eu parecer bem para o mundo, eu me sentia mentalmente não tão bem quando escrevi esta música. Eu queria dar aos meus fãs algo com que eles se sentissem conectados a mim num nível diferente e percebessem ‘Nossa, ele é como eu, ele passa pelas mesmas coisas que eu passo e às vezes ele se olha no espelho, encara os problemas e parte para enfrentá-los'”. “Alive” “Este é o segundo capítulo de tudo – capítulo dois, segundo ato. Eu queria dar às pessoas uma música que elas pudessem escutar em qualquer momento em que elas se sentissem mal ou estivessem passando por uma situação difícil. Apesar dessas músicas serem muito tristes, eu sinto que elas têm uma mensagem positiva”. “Heaven” “Father John Misty compôs ‘Heaven’. É uma música que ele adora demais, e ele achou que era adequada para mim. Eu acho que a minha voz não é tão diferente da dele, que é uma voz com a qual eu cresci e convivi. Quantas pessoas podem dizer que cantaram uma música composta por Father John Misty? O fato de ele olhar pra mim e dizer ‘Você vai fazer jus a esta música, e você vai cantar esta música do jeito que ela deve ser cantada’ é incrível”. “Saturday Nights” “Eu não acho que eu realmente quisesse terminar o álbum deste jeito tenso e sombrio. É uma das minhas músicas favoritas que eu já compus. O fato de ela ganhar uma vida nova, porque muita gente que ouve Free Spirit não escutou [o EP de 2008] Suncity, e também por ela ter uma parte importante no filme, é perfeito. Tinha que ser a última”.

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