A música do gaúcho Vitor Kley é sinestésica. Quase dá para sentir o calor da manhã e a umidade praiana em “O Sol”, enquanto “Adrenalizou”, homônimo do álbum de 2018, faz lembrar a euforia de uma paixão, com o coração batendo na garganta. As duas faixas são para muitos o primeiro ponto de contato com o cantor nascido em Porto Alegre, 1994. Sua carreira, entretanto, começou bem mais cedo. Os primeiros passos foram dados na adolescência, quando começou a tocar violão e compôs sua primeira música aos 10 anos, dedicada à sua avó. Aos 11, ganhou a primeira guitarra do pai, o tenista Ivan Kley, e aos 14 lançou o primeiro álbum independente, Eclipse Solar. Apadrinhado por Armandinho, trilhou os primeiros passos como músico profissional e vislumbrou o sucesso em 2016 – faixas como “Farol” e “Avião de Papel”, do álbum Vitor Kley chamaram atenção do mercado. O LP seguinte, Adrenalizou (2018), foi produzido por Rick Bonadio e elevou Kley ao pódio nacional, figurando entre os artistas mais tocados no Brasil. Com faixas acessíveis e de muito apelo pop, como “Morena”, teve grande sucesso nas vendas, ganhando um disco de Platina. Logo vieram as parcerias com hitmakers: “Pupila”, com o duo Anavitória, e “A Tal Canção Pra Lua”, gravada com Samuel Rosa. Com produções cada dia mais lapidadas, Vitor Kley segue fiel à sonoridade e às temáticas que se tornaram sua assinatura, assimilando influências do pop, rock e reggae em frequentes celebrações ao amor – seja ele um sentimento romântico por outra pessoa ou pela vida em todas suas facetas. A atmosfera emocional e otimista caiu como uma luva para a versão de “A Cura”, de Lulu Santos, gravada em dueto com o renomado músico em 2021.