Amy Winehouse foi um daqueles fenômenos cuja relevância musical é tão marcante quanto a tragédia da sua vida pessoal – que culminou com sua morte, aos 27 anos. A voz única da cantora, rasgada e sofrida, tomou a música de assalto em meados da década de 2000, ressuscitando (e modernizando) jazz, soul e R&B nas paradas do mundo inteiro e pavimentando a estrada para estrelas como Adele e Lana Del Rey. • Nascida em setembro de 1983, em Londres, Amy Jade Winehouse entrou pela primeira vez em um estúdio aos 10 anos para gravar músicas que escreveu com uma amiga de escola. O projeto era intitulado Sweet ‘N’ Sour, mas nunca viu a luz do dia. Aos 13, recebeu uma bolsa de estudos da prestigiosa Sylvia Young Theatre School. • Em 2002, Amy Winehouse já havia assinado com empresários e era lapidada para encarar a indústria. Isso não durou muito tempo, e a jovem cantora virou pivô da disputa entre as gravadoras EMI e Island, com a última vencendo o duelo. • Um ano depois, o álbum de estreia, Frank, foi lançado e já adiantou o furacão que mudaria o pop nos próximos anos: uma voz que rivalizava com Janis Joplin e Billie Holiday, letras intimistas e confessionais, como em “I Heard Love Is Blind”, e um carisma acachapante. • O trabalho rendeu as primeiras indicações de Winehouse ao Brit Awards e ao Mercury Music Prize e apresentações em festivais como Glastonbury e Montreal International Jazz Festival. • A vida de Amy Winehouse mudou completamente com o lançamento de Back to Black, em 2006. O álbum estreou no topo das paradas britânicas e em sétimo lugar na Billboard 200. Dele saíram os singles “Rehab”, “You Know I'm No Good” e “Back to Black”, que apresentavam aos fãs o lado sombrio da nova popstar. • Foi na turnê de 2007 que os problemas de Winehouse com álcool e drogas começaram a ficar mais aparentes: a cantora se apresentou aparentemente alterada em diversos shows e, em determinado momento, o restante da tour foi cancelada por ordens do médico da artista. • O sucesso comercial de Back to Black, que vendeu 16 milhões de cópias, foi acompanhado por uma enxurrada de prêmios, como cinco GRAMMYs em 2008, inclusive o de Melhor Álbum de Vocal Pop e de Canção do Ano para “Rehab”. • Mesmo debilitada, Amy Winehouse fez uma gravação com um dos seus grandes ídolos, Tony Bennett. O dueto na clássica “Body and Soul” foi a última gravação da cantora, que foi encontrada morta em casa, em Londres, no dia 23 de julho de 2011.