O que esperar de uma voz moldada pelo gosto do pai por rock e punk e da mãe pela Renascença italiana? Uma força da natureza ao microfone, Florence Welch encontrou na tecladista Isabella Summers (“The Machine”) a parceira ideal para criar um artpop que beira o erudito, flerta com o rock de arena e expõe os sentimentos humanos de uma forma visceral. • Com uma infância marcada pelo divórcio dos pais e pelo diagnóstico de dislexia, Florence Welch (Londres, 1986) encontrou refúgio na literatura, que anos depois serviria de referência para suas composições próprias. • Após integrar diferentes bandas e projetos, Welch formou o Florence + The Machine com a colega da faculdade de artes Isabella “The Machine” Summers, em 2007. • Welch conquistou a DJ e empresária Mairead Nash com uma versão à capela de “Something Got A Hold On Me”, de Etta James, e logo a banda conseguiu o primeiro contrato com uma gravadora. • Em 2008, antes mesmo do álbum de estreia ser lançado, Florence + the Machine foi escolhida para abrir os shows do duo americano MGMT. A performance chamou atenção e levou o grupo para o circuito de festivais ingleses. • Por conta das versões demo que circulavam, “Dog Days Are Over” e “Kiss With a Fist” já eram sucessos quando Lungs (2009) saiu. Florence + the Machine acumulou prêmios como a escolha da crítica do Brit Awards e a indicação ao GRAMMY de revelação. • A escalada nas paradas dos Estados Unidos seguiu com Ceremonials (2011), concebido para ser mais sombrio e denso que a estreia, como se nota com “Shake It Out”. O álbum atingiu o topo das paradas britânicas. • Remixes também levaram Florence + the Machine para as pistas de dança, fora da bolha da música alternativa. Calvin Harris transformou “Spectrum (Say My Name)” em um house poderoso. • O grupo entrou em um breve hiato após a gravação de um projeto acústico com versões das músicas dos primeiros álbuns e gravações especiais, como “Jackson”, que conta com a participação de Josh Homme, do Queens of The Stone Age. • Impulsionado pela potência dos versos confessionais de “Ship To Wreck", o álbum How Big, How Blue, How Beautiful (2015) marcou a volta da banda e garantiu o topo das paradas dos Estados Unidos. • Transformada em ícone graças à entrega nos palcos e aos sentimentos viscerais expostos nas músicas, Florence + the Machine entrou nos anos 2020 como uma das principais bandas do Reino Unido. O álbum Dance Fever, lançado em 2022, é descrito como um “conto de fadas dividido em 14 músicas”.