“Com ‘Soltera’, tudo mudou”, conta Lunay ao Apple Music. Evidentemente, conseguir emplacar um sucesso global ao lado de Bad Bunny e Daddy Yankee impacta a carreira de qualquer um. Ainda mais de um artista com somente 18 anos na época. Para o jovem reggaetonero de Corozal, Porto Rico, tudo aquilo não foi por acaso. Era, sim, um sonho que se tornava realidade. “Quando eu era pequeno, me imaginava fazendo hits e em turnês pelo mundo todo”, ele conta. Um ano e meio depois de Épico, álbum de estreia, o artista permanece tão firme e determinado quanto antes. Ao passar por períodos de experimentação em vários estúdios, ele expande e constrói a sua visão artística com um novo trabalho. “El Niño é um novo capítulo”, explica Lunay sobre o projeto. “O mais importante foi que tive tempo de trabalhar na minha música, para amadurecer e para viver, também”. Em vez de acreditar que o raio pode cair duas vezes no mesmo lugar e repetir o sucesso de “Soltera”, ele se esforçou para encontrar novas soluções para ritmos e sons a fim de ampliar seu repertório. Ainda assim, aos 20 anos, ele tem completa consciência de quem é, como se pode ver no título do novo álbum. "Sou só um garoto se divertindo e fazendo o que ama". A seguir, ele comenta as suas faixas favoritas de El Niño EL NIÑO “Sou um artista de reggaeton, mas amo trap e me inspiro em muitos artistas. Eu estava com Chris Jedi e Gaby Music – esses caras são marcianos, são como marcianos de verdade. Eles pegam alguma coisa e colocam na música. Então, estávamos indo para o estúdio em Nova York para terminar a faixa e, quando cheguei ao estúdio no dia seguinte, ouvi o sample de Jerry Rivera. E achei que ficou demais!” TODO O NADA “Tinha que convidar a Anitta, que é minha amiga, para participar desta faixa e abalar o mundo. Ela é uma superstar completa. Eu amo a música dela, ela respeita e gosta do meu trabalho. E com todo o burburinho sobre a gente nas redes sociais, tínhamos que dar ao público o que ele queria.” VUDÚ “Chencho é mais que uma lenda em Porto Rico e para a indústria do reggaeton. Eu o respeito demais. A trabalhou juntos em ‘La Cama (Remix)’ que nunca foi lançada. Cada música neste álbum tem uma vibração que se conecta com a seguinte. E esta faixa era perfeita, com uma melodia que se encaixava muito bem com as outras. É uma música que fala sobre uma garota que domina você completamente, inclusive o seu pensamento.” PARTY DB “Isso é cultura, isso é reggaeton! Venho de Porto Rico e tenho que dar aos porto-riquenhos o que eles querem. Estes são os projetos que amo com todo o meu coração. Não são muitas as pessoas que me ouviram cantar neste ritmo. Criei tudo aqui desde o começo e veio de um sentimento que tenho no meu coração. Espero que gostem.” TBC “Essa tem uma mensagem subliminar, porque a sigla que dá título significa ‘to be continued’ [continua a seguir]. Não sei se teremos um remix ou algo planejado para ela. Mas, em espanhol, quando falamos a sigla, o resultado é te bese, que também significa algo como ‘te beijei’. Nesta música, conto uma história de quando alguém está apaixonado por outra pessoa e a beija no Ocean Park, em Porto Rico, como vários casais que vão até lá para se divertirem. Me inspirei em Porto Rico e em algumas coisas que aconteceram comigo na vida real.” LE GUSTA QUE LA VEAN “É uma música sobre uma mulher poderosa que gosta que as pessoas a vejam nas fotos publicadas nos stories do Instagram. Mas, para mim, ela envia as imagens que não podem ser publicadas. É um conceito interessante para uma faixa porque é o que acontece na vida real. Eu acho isso muito especial.” BEST LIFE “Eu gosto do estilo do Foreign Teck. Como produtor, ele é louco, dono de um talento incrível. Eu ainda não tinha trabalhado com ele, mas estava em Miami gravando e a Elena Rose estava lá também. Então, fizemos esta música do zero, com uma batida inédita do Foreign.”