Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém

Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém

Paulo Miklos lança em 2022 o quarto álbum solo da carreira, Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém, criado durante a pandemia do coronavírus. “A ideia foi surgindo aos poucos durante o isolamento. Eu comecei a compor quando vi que era impossível encontrar os parceiros, os amigos e outros músicos”, relembra o cantor, em conversa com o Apple Music. “Peguei o violão, comecei a rascunhar algumas coisas e assim surgiu a primeira música. Descobri que aquilo me dava uma luz; quase um portal para sair da opressão pela qual estávamos passando. Comecei a compor mais, até me dar conta de estar fazendo um álbum completo.” Para superar a angústia do período, o artista usou o trabalho como uma “válvula de escape”, tornando-o “uma possibilidade de enxergar o mundo que gostaríamos”. “É interessante, porque [este álbum] é solar, esperançoso, romântico. Muito diferente da situação difícil que atravessamos. Coloquei-me em um ponto futuro, em um mundo que gostaríamos que fosse verdade.” O projeto se diferencia dos anteriores por não contar com parcerias e participações, mas se aproxima deles quando o assunto é a escolha dos títulos - segundo Miklos, todos “divertidos e sugestivos”. No caso do nome Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém, a intenção é “um olhar crítico em relação ao relacionamento de um casal e a como ambas as partes se diluem em nome do romantismo”, explica. “Esse nome também funciona porque ninguém passa pela vida ileso ao amor.” Com prêmios nos principais festivais do Brasil e do exterior, o artista também brilha como ator em uma carreira de mais de 20 anos. Em 2022, além do novo projeto musical, ele lança duas séries e quatro longas. Como arranjar tempo para tudo? “Quando temos paixão pelo que fazemos, a gente consegue. É sempre uma correria, mas vale a pena”. Com óbvio carinho pela própria obra, Paulo Miklos explica detalhes e conta curiosidades de cada uma das 12 faixas de Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém. Ao Teu Lado “Eu gostaria que fosse uma espécie de ‘Marcha Nupcial’, por isso abre o álbum. É uma declaração de amor e de comprometimento. Ela fica o tempo todo dizendo que ficará ao lado dele, mesmo que ele não tenha dinheiro. Sempre tem esperança, vontade, cantoria, imaginação; mas dinheiro, que é bom, nunca. Não tem garantido, nós temos que correr atrás. A segunda parte coloca em perspectiva a visão das coisas. A gente vê os sóis, as estrelas, as criaturas infinitas microscópicas - a possibilidade de olhar a vida de uma maneira renovada.” Um Misto de Todas as Coisas “É a dificuldade que temos de explicar como as coisas acontecem e ‘desacontecem’. Conta a história de um casal que se forma em uma festa e, depois de um certo tempo, em outra festa, acaba se separando. Trata justamente da dificuldade de se explicar porque tudo se desfez.” Todo Esse Querer “O deslumbramento da paixão, a descoberta - como os sentidos ficam aguçados, como tudo muda de cor. O perfume das coisas se acentua.” É Assim Que Eu Sei “O nosso primeiro single. Fala dos sinais que a gente recebe das pessoas amadas. Quais são os sinais de que a outra pessoa continua apaixonada ou de que quer namorar? Como se dá essa comunicação? ‘É assim que eu sei’ entender quais os sinais; listando-os e chamando a atenção para eles.” Sabotage Está Aqui “Uma homenagem ao meu amigo Sabotage, um rapper importantíssimo que hoje é uma referência para a nova geração. Eu o conheci fazendo o primeiro filme da minha carreira, O Invasor. Ficamos bastante próximos, e nesta faixa comento como ele continua presente.” Um Sopro “É a primeira música que eu compus [do álbum]. É a chave de um portal que se abriu quando comecei a compor. ‘Nós só temos um caminho para não sermos tão sozinhos, sempre rosas e nenhum espinho’. Eu estava encontrando um caminho, o da criação, para sair do sufoco da pandemia. É uma música romântica, que explica que o amor é apenas um sopro, uma coisa delicada.” O Que Ela Quer “Uma música com sabor latino-americano, um ritmo diferente. É divertida porque trata da desconstrução do masculino, da percepção do lugar de privilégios do homem, que se percebe no lugar de escuta da mulher. É uma coisa sobre a qual conversamos muito, e na pandemia isso ficou ainda mais aguçado. São conversas que eu também tenho bastante com a minha esposa, e ela fala sobre isso com muito bom humor.” Mansa “Esta é uma música para a minha esposa, que não é nada mansa - literalmente uma brincadeira com ela. Esta faixa, especificamente, é na voz feminina e tem esse diferencial em relação às outras.” Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém “A faixa-título do álbum. Fala sobre os riscos do amor e das relações amorosas. Sobre como o amor é exigente, como a gente tem que ceder. O risco que existe em as partes se diluírem para chegar ao todo, que é o casal.” Uma Conversa “Fala sobre amizade, sobre a necessidade que a gente tem de se abrir e a importância de termos um amigo, uma conversa. Uma coisa tão simples, alguém que nos escute. Como é importante esse lugar de escuta. Ela tem um caráter um pouco diferenciado em relação às outras. Ela está no compasso 3 por 4, uma coisa divertida que lembra um pouco o jazz, e isso traz uma riqueza.” Porque Censurar o Amor? “Fala de uma coisa que aparentemente é simples: o amor modifica tudo. Tentei colocar as coisas da maneira mais simples possível, porque um romance despreocupado é o que todo mundo merece.” Se o Amor Ainda Existir “Esta música é divertida porque fala de um jogo de cartas que jogamos tanto durante a pandemia. Fala sobre o destino e sobre o poder que temos sobre ele. ‘Se o amor ainda existir, não será o fim para você e para mim, nós podemos lutar por esse amor’.”

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